"Se excluirmos o valor das exportações para a região mais populosa do Mundo, nomeadamente para Singapura e Malásia, de produtos produzidos por algumas empresas multinacionais de origem estrangeira a operarem em Portugal, a Ásia é quase um deserto para Portugal. E com agravamentos, como as estatísticas das exportações relativas aos cinco primeiros meses deste ano indiciam. As exportações para o Japão decaíram 46% em relação a igual período do ano passado. Mas as importações do Japão, de Janeiro a Junho de 2008, com origem na UE, estabilizaram num crescimento de 0,2% relativamente a igual período de 2007. Houve quebras nas importações de países da UE, não tão acentuadas como as sofridas por Portugal, e houve crescimentos nos casos da Alemanha (3,6%) ou Espanha (11,2%), entre outros. O que confirma não serem uma inevitabilidade as perdas nacionais."
in João Santos Lucas, A Última Prioridade, Diário Económico, 3.9.2008